Você sabe quais são os impactos da LGPD no marketing digital?
Em publicações anteriores, já tratamos no nosso blog sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei nº 13.709, conhecida pela sigla LGPD.
LGPD: tudo o que você precisa saber sobre proteção de dados pessoais
Saiba por que você não deve comprar listas de leads de acordo com a LGPD
Ao falar sobre essa legislação, é muito comum surgirem dúvidas, receios e até mesmo medos por parte de gestores com vista em não infringir as bases legais.
Nesse contexto, uma dos principais questionamentos é acerca dos impactos da LGPD no marketing digital, visto que a coleta de dados pessoais é um dos principais recursos utilizados, hoje, em estratégias de marketing com vista na geração de leads e na captação de clientes.
Em face disso, nesse post iremos tratar sobre os impactos da LGPD no marketing digital e como é possível adequar as campanhas de marketing à lei.
Ficou interessado em saber mais?
Acompanhe a leitura e veja que as mudanças são, na verdade, benéficas, não prejudiciais, como muitos acreditam.
O que é a LGPD?
LGPD é a sigla da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709), legislação em vigor no Brasil desde setembro de 2020.
A LGPD impôs série de exigências para que as empresas e organizações ajustassem duas operações acerca do tratamento e uso de dados pessoais, sejam de clientes ou de usuários em geral.
Mas, diante disso, já pode surgir uma dúvida sobre o que seriam os “dados pessoaias”.
Logo, a LGPD menciona que os dados pessoais são as informações de uma pessoa fornecida a uma organização. Com esses dados em mãos, a empresa executa o tratamento, ou seja, utiliza essas informações, seja para elaborar estratégias de marketing ou para realizar qualquer outra ação.
Com a regulamentação, a LGPD visa garantir maior segurança aos usuários, sobretudo em face das ameaças que estão presentes no mundo virtual. Além disso, a LGPD busca evitar incidentes envolvendo dados pessoais, como, por exemplo, o vazamento de informações que coloquem em risco a integridade das pessoas afetadas.
Estando em vigor, a LGPD aplica sanções às empresas que cometerem infrações. Entre as punições, uma empresa pode receber uma multa de até 2% do faturamento, com limite de até R$50 milhões, pode ter os dados pessoais relacionados à irregularidade bloqueados ou eliminados, bem como ter o funcionamento do banco de dados suspenso, entre outras.
Quem recebeu a incumbência de fiscalizar e regular a LGPD foi a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD, que é responsável pela proteção dos dados pessoais, pela definição de procedimentos à Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade e pela aplicação de sanções em casos de irregularidades no tratamento de dados.
Conheça a GDPR, legislação europeia que impulsionou a LGPD:
Você sabe o que mudou com a LGPD?
No mercado atual, os dados pessoais são valiosíssimos.
Tendo em mãos informações sobre leads e clientes, as empresas conseguem elaborar e executar estratégias muito mais assertivas, com base na realidade do seu público.
As informações pessoais, portanto, permitem que a sua empresa conheça o cliente. Logo, uma vez que o seu negócio sabe sobre o seu consumidor, fica mais fácil estabelecer segmentações, personalizar a comunicação e as ofertas e, consequentemente, ser muito mais assertivo na construção de um relacionamento sólido.
Porém, devido ao seu grande valor, da mesma maneira que as informações são utilizadas para fins benéficos, muitas pessoas e grupos criminosos se apropriam de dados pessoais para fins ilegais, o que coloca em risco diretamente à integridade dos cidadãos brasileiros.
Para evitar isso, a LGPD entrou em cena.
Obviamente, com o surgimento da lei para fins de regulamentação, naturalmente ocorreram mudanças.
Neste artigo, podemos destacar duas grandes alterações na dinâmica das empresas com a LGPD:
- É preciso consentimento: com a LGPD, os dados pessoais só podem ser coletados e tratados com o consentimento do titular, ou seja, do detentor e fornecedor das informações. Assim, é preciso que essa pessoa manifeste, de maneira livre, informada e inequívoca, que autoriza o uso dos seus dados. Apesar de autorizar, ele pode acessar, corrigir dados incompletos e até mesmo solicitar a remoção das suas informações da base de dados de uma empresa, quando quiser.
- A intenção precisa estar clara: você deve deixar claro ao titular dos dados qual a sua intenção de contar com as informações dele. Isto é, você não pode simplesmente solicitar dados pessoais sem que o cidadão saiba para quais finalidades eles serão utilizados e se serão compartilhados.
Impactos da LGPD no marketing digital
Com uma série de imposições e recomendações estabelecidas pela LGPD, as quais atuam diretamente no tratamento de dados pessoais, muitas práticas de marketing foram afetadas.
Assim, processos como o de prospecção precisaram ser revisados e ainda precisam em algumas organizações, para que tudo fique alinhado dentro da legislação.
Sem dúvida alguma, o marketing digital foi um dos setores mais impactados dentro de uma organização.
Para se ter uma dimensão, landing pages para captação de leads, anúncios de variados modelos, disparo de e-mails marketing, bem como formulários para diversas finalidades precisam ser adequados.
Os dados continuaram sendo bens de grande importância, visto que com eles é possível segmentar campanhas e ser muito mais eficiente. Contudo, não existe mais aquela ideia do meio virtual como terra sem lei.
Abaixo destacamos alguns dos impactos da LGPD no marketing digital, confira!
Formulários e landing pages
Uma das ferramentas e estratégias de marketing mais tradicionais é o uso de formulários e landing pages no site do seu negócio ou em outra página.
Seja para qual finalidade for, como por exemplo a geração de leads, bem como o formato utilizado, esses recursos são amplamente utilizados.
Em seu site, por exemplo, você pode realizar toda a apresentação da sua marca, detalhar informações importantes, destacar produtos/serviços, etc.
No mesmo ambiente virtual, o usuário pode encontrar um formulário, a partir de onde ele vai deixar seus dados pessoais.
O mesmo pode ser considerado com o uso de uma landing page para captar leads, oferecendo um ebook em troca de dados pessoais, por exemplo.
Todavia, nada disso pode ser feito apenas solicitando dados.
Ou seja, não é apenas inserir um formulário no seu site que está tudo dentro da legalidade.
Você precisa deixar claro para o usuário para qual finalidade aquele recurso está sendo utilizado.
Se você pretende retomar o contato com um usuário que deixou seu contato, é preciso deixar isso claro e solicitar permissão para esse contato, indicando, inclusive, por onde ocorrerá.
O consentimento pode ser confirmado através de um campo, no qual o usuário marca com um aceite no uso das suas informações e/ou no compartilhamento das mesmas.
Rastreamento
Além de inserir um formulário ou landing page no seu site, você pode utilizar a página para identificar as preferências do seu público e entender o comportamento dos consumidores.
Logo, entra em questão o Lead Tracking, o qual permite que a sua empresa identifique os interesses de potenciais clientes com base na interação dele no site. Assim, é possível verificar as páginas acesas para personalizar estratégias de acordo com as preferências deles.
Com a LGPD, essa prática não foi impedida.
Contudo, é preciso que os usuários autorizem esse rastreamento.
Portanto, essa permissão pode ser realizada logo quando o potencial cliente acessa uma página da sua empresa, quando surge um pop-up, por exemplo.
Nessa notificação deve estar inserida informações detalhadas sobre a finalidade do uso das informações de navegação, para que o cliente tenha clareza sobre as suas intenções.
Anúncios nas mídias sociais
Os anúncios nas mídias sociais são bastante utilizados como estratégia de captação de leads e de vendas.
Contudo, assim como outras práticas já mencionadas, essa estratégia também precisa estar adequada à LGPD.
Na aplicação de anúncios, como por exemplo no Instagram, é possível segmentar as campanhas de acordo com a sua persona.
Instagram Ads: o que é, por que e como utilizar no seu negócio?
Porém, mesmo para essa segmentação os usuários precisam saber quais dados pessoais eles irão fornecer à rede social e quais empresas estão utilizando suas informações.
No Facebook Lead Ads, para citar outro exemplo, quando um usuário preenche um formulário na plataforma, ele precisa ser informado sobre a finalidade no uso dos dados solicitados.
Marketing no Facebook: 10 estratégias para você começar a colocar em prática
Ou seja, é possível perceber que a LGPD preza pela transparência das informações e pela proteção integral dos usuários.
E-mail marketing
Dentre as alternativas de marketing digital, o e-mail marketing é uma das mais impactadas pela LGPD.
O disparo de emails ainda é bastante utilizado pelas empresas.
Contudo, muitas organizações executam essa prática de maneira desalinhada, inclusive descumprindo a LGPD.
Um exemplo de prática que deve ser evitada pe a compra de lista de leads.
Nessas listas, são passados para a sua empresa vários contatos de leads, muitas vezes de pessoas que nem sequer possuem interesse no seu tipo de negócio.
Saiba por que você não deve comprar listas de leads de acordo com a LGPD
Assim, com essa lista, você cai no erro de disparar e-mails para contatos que não chegaram ao seu negócio de maneira consentida, indo, assim, contra princípios básicos da LGPD.
Assim, é preciso que você envie e-mails para contatos que estão dentro do público da sua empresa e que tenham consciência acerca da possibilidade de receber contatos da sua marca.
Na mesma linha de autorização, os usuários precisam, inclusive, autorizar que você compartilhe dados com outras empresas, caso for o caso.
Isso é muito comum com essa lista de leads, em que os usuários não autorizam essa prática. Assim, podem sofrer sanções tanto a empresa que comercializou a lista de contatos, quanto a empresa que adquiriu o recurso.
Confira 4 dicas para se adequar aos impactos da LGPD no marketing digital
Diante do que foi tratado, podem surgir dúvidas em como se adequar aos impactos da LGPD no marketing digital e executar boas práticas.
Para ajudar você, trouxemos quatro dicas de adequação. Confira!
#1 Conte com bases legais
Contar com uma base de leads é comum para qualquer negócio.
Com essa base, você consegue conquistar cada vez mais clientes.
Contudo, com os impactos da LGPD no marketing digital, algumas mudanças ocorreram no processo de prospecção, bem como em vendas.
Assim, dentro da sua base de leads, é preciso identificar quais contatos você pode se comunicar.
Como assim?
Você precisa ter uma base legal que autorize a comunicação com os leads.
A LGPD, para explicar, tem 10 bases legais que autorizam o uso de dados por empresas, a exemplo de “consentimento” e “legítimo interesse”, que se aplicam diretamente ao marketing.
Logo, entender essas bases é crucial para que você evite dor de cabeça lá na frente por ter infringido algo da LGPD.
Entendendo sobre essas bases legais, você consegue verificar se a sua base de leads está seguindo o que se exige e assim pode estabelecer comunicações dentro da lei, garantindo uma relação com consentimento do lead e que o legítimo interesse por essa relação seja claro.
#2 Cuidado com estratégias de prospecção invasivas
É importante que você saiba que a LGPD em momento algum vai impor barreiras ao seu negócio, ao ponto de gerar prejuízos.
Quando falamos em “impactos da LGPD no marketing digital”, não nos referimos a prejuízos, mas ao fato que realmente ocorreram modificações importantes que exigiram que as empresas saíssem da sua zona de conforto e revisassem suas práticas.
Na verdade, partimos do pressuposto que a LGPD trouxe benefícios, como uma garantia de maior assertividade, já que você concentra esforços realmente no seu público, e manutenção de uma boa imagem, na medida que evidencia ao seu público que cumpre com as bases legais.
No entanto, ainda assim é preciso tomar cuidado, principalmente com práticas invasivas.
Uma delas é o contato com leads comprados no qual você adquiriu suas informações sem o consentimento.
Por mais que possa ser ilegal em algumas situações, essa prática ainda é frequente visto que muitas empresas acham que o caminho mais curto é o melhor.
Portanto, reforçamos a necessidade de revisão das práticas e a importância de focar em atrair leads de maneira espontânea, utilizando -se da criatividade , não de recursos invasivos.
#3 Não prenda o seu cliente
Não estamos falando em retenção.
Utilize sim estratégias para reter clientes.
Contudo, não force a permanência de clientes dificultando a vida deles.
Como assim?
Sabe quando um consumidor fica recebendo muitos e-mails, já que está inscrito em uma lista?
É muito comum ele se incomodar, mas não saber como cancelar.
Isso muitas vezes acontece pela falta de transparência em como sair ou pela presença de botões escondidos e layouts nada intuitivos.
Do mesmo modo, é comum o uso de letrinhas miúdas e informações escondidas, já para o cliente não encontrá-las.
Não faça isso!
Isso é tudo, menos uma boa prática.
Deixe claro aos usuários que eles podem cancelar uma assinatura, pode retirar o consentimento, pode solicitar a exclusão dos seus dados do seu banco de informações a qualquer momento.
Não foi fácil inseri-los nessa base? Torne fácil também a saída!
#4 Solicite apenas dados necessários
A LGPD é clara ao mencionar sobre a importância de se pensar na minimização no uso de dados.
Logo, busque apenas utilizar dados que realmente são relevantes para suas estratégias.
Vamos a um exemplo.
Imaginando que você utiliza apenas e-mail ou outro canal sem ter ligação com telefone/celular para se comunicar com o consumidor. Se você não precisa desse dado, para que solicitar?
Logo, peça apenas aquilo que será utilizado.
Além de reduzir riscos, você facilita a vida do cliente e a da sua empresa, otimizando a quantidade de informações a serem tratadas.
Do mesmo modo, não adianta pedir que o usuário responda quase que uma prova de ENEM, se você não vai utilizar nem 5% daquelas informações.
Avanços com a LGPD no marketing
A LGP trouxe muitos avanços no tocante à proteção dos usuários.
Contudo, seus benefícios estão voltados, também, às empresas.
Como já mencionamos, a LGPD não impôs barreiras. Na verdade, representou melhorias.
Na área do marketing digital, a LGP permite que sua empresa seja muito mais assertiva nas campanhas, visto que ao solicitar autorização no uso de dados, você já consegue filtrar de maneira organizada os contatos que realmente possuem interesse e que podem representar potenciais clientes do seu negócio.
Além disso, existe a questão da credibilidade. Quem tende a ter mais credibilidade no mercado, uma empresa que se preocupa em proteger os dados pessoais dos clientes ou uma organização que não se importa com isso?
Portanto, em face dos impactos da LGPD no marketing, a lei não pode ser vista como um obstáculo, mas como alterações que buscam garantir um ambiente virtual muito mais seguro e organizado.
Organize os dados de maneira segura com o Meets CRM
Você sabe que os dados são valiosos para suas estratégias, não é mesmo?
Diante disso, é importante saber como tratá-los de maneira segura e otimizada.
Com o potencial das informações de leads, clientes e das negociações para as campanhas de marketing e para o processo de vendas, não dá para o seu negócio ficar preso a práticas obsoletas, como ao uso de planilhas manuais, não é mesmo?
Assim, é importante contar com um CRM de qualidade, como o Meets, onde você pode registar, armazenar e processar dados de maneira centralizada e segura, mantendo-os atualizados em tempo real e acessíveis ao seu time.
O Meets está de acordo com a LGPD e garante a automatização dos processos da sua empresa para que as práticas sejam otimizadas e você ganhe muito mais em assertividade.
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